segunda-feira, janeiro 03, 2011

Adeus Peixinho...

Há alguns meses, meu sobrinho ganhou um peixinho, na pescaria da festa junina, da escolinha onde estuda. Desses peixinhos dourados, que parecem terem sido criados com a finalidade de serem pescados pelos pequeninos da pré-escola. Eu também tive a sorte de ganhar um na minha escolinha, mas por algum motivo, ele morreu brevemente. Talvez em 3 ou 4 dias.

Mas o Peixinho era diferente. Foi em meados de junho que o Lucas o pescou, e o confiou a mim até hoje, o dia fatal. Nunca teve nome. Não verdadeiro ou fixo, pois toda vez que a questão era levantada, seu dono oficial, na plenitude de seus 2 anos e meio, sempre inventava um diferente. Então, Peixinho era sua graça.

O pequeno animal me alegrava sem nada “dizer”, fazer, ou se achegar. Ficava lá dentro de seu aquário, nem grande e nem tão pequeno, considerando que era o único habitante da residência aquática. Todos os dias, pacientemente, trocava sua água, descartava todos os excrementos, com todo amor. É isso, tinha amor pela criatura. Perdoei até o fato de meu celular ter caído em seu quintal aquático, ter ficado ali por horas e ele nem sequer me avisou. Deparei-me com o peixe nadando em volta daquele objeto estranho a seu habitat. Talvez tenha se apaixonado, pois não parava de "beijá-lo". 

Enfim, não sei quanto tempo de vida o Peixinho tinha antes de vir para casa, tão pouco faço idéia de sua causa mortis. Talvez tédio, solidão, ou sei lá. O fato é que agora, ele não está mais aqui.

Adeus Peixinho! Nade para o paraíso dos peixes...